sexta-feira, 7 de março de 2008

HERESIAS - ARIANISMO .

Fundador
Ário, sacerdote de Alexandria (250-336 d.C.) negava a completa deidade e pré-existência do Filho de Deus, Jesus.
Seu Ensino
Ário afirmava que Jesus era semelhante à Deus, não necessariamente da mesma substância do Pai. Nessa perspectiva, Jesus era mais uma criação de Deus, ainda que especial, pois por ser submisso a Deus, foi eleito, adotado por Deus Pai para ser o agente da Criação. Ário acrescentava ainda que 'houve um tempo em que Jesus não existia', assim sendo, conclamava que Jesus não era co-eterno com Deus. O todo desta heresia se desenvolveu muito e chegou a se dividir em três ramificações: o arianismo radical, que ensinava que o Filho era 'dissimilar' ao Pai; o homoeanismo, que assegurava que o Filho era similar ao Pai, e o semi-arianismo, que se aproximava da ortodoxia dizendo que o Filho era similar ao Pai, contudo, distinto.
Repercussão
Um Concílio em Nicéia (325 d.C) foi convocado para analisar esse tema, e Ário foi tido como um herege. Os seus ensinos foram muito bem acolhidos por muitos da Igreja da época, inclusive por personagens de destaque, Eusébio de Cesaréia foi um deles. Enquanto o imperador Constantino viveu, essa heresia esteve em evidente declínio, porém, após sua morte (337 d.C.), a heresia retomou o fôlego por ter o apoio dos imperadores Constâncio II e Flávio Valente. Após o assassinato de Valente (378 d.C.), o arianismo praticamente morreu, sob Teodósio, que ratificou as decisões do Concílio de 325 num novo Concílio em Nicéia (381 d.C.).

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