sexta-feira, 7 de março de 2008

ERRANTES DA PALAVRA
Deus começou a revelar-se a determinados homens verbalmente. Depois ele usou outros meios, tais como sonhos, por intermédio de anjos, e, a partir de Moisés, pela revelação escrita. Ora, a inveja e os ciúmes, que também surgiram muito cedo (Caim parece tê-los inaugurado) levou alguns homens, para os quais Deus não se revelava, a exigir que Deus o fizesse; não tendo esse privilégio, passaram a criar suas próprias 'revelações'. Essas 'revelações' sempre vieram impregnadas da visão de mundo, desejos e conveniências dos seus inventores. Erraram desde então, e até hoje.

HERESIAS - APOLINARISMO

FUNDADOR
Apolinário de Laodicéia (310-390 d.C.) tentou criar um modo de explicar a natureza de Jesus, sua humanidade e divindade.
Ensino
Ele ensinava que o homem era composto de corpo, alma e espírito, e que, em Jesus, o espírito do homem fora substituído pelo Logos, ou, pela segunda pessoa da Trindade. Assim afirmando, Apolinário negava a humanidade de Jesus, pois este, estaria num corpo, de certa forma, emprestado. Nessa visão, Cristo não era totalmente humano, mas sim, um espírito que se 'incorporava' nos homens. A idéia de que Jesus era apenas uma parte do todo sempre esteve presente na Igreja.
Mesmo hoje, vemos com freqüência uma espiritualização exagerada da pessoa de Jesus Cristo, como se Ele não tivesse um corpo, ou como se Ele, sendo Deus, fez e suportou tudo o que passou por ser Deus. Isso não é verdadeiro. Jesus era um homem completo como nós o somos, e como homem completo (ver carta Aos Hebreus) passou por tudo e tudo fez conforme as Escrituras por sua obediência ao Pai e pelo seu andar com Ele. Se Jesus foi diferente do homem comum em alguma coisa, isso foi em sua relação com o Pai, a sua inteira entrega e comunhão com Deus.
Repercussão
Alguns pais da igreja, Athanásio, Basil, Gregório de Nissa, e Gregório de Nazianzu (homens sobre os quais falaremos neste site, em breve) foram formalmente contrários a este ensino e consideraram o apolinarismo uma heresia no Primeiro Concílio de Constantinopla em 318. A partir de então, sua influência passou a declinar até o seu quase completo desaparecimento.

HERESIAS - DONATISMO

Donatismo

FUNDADOR:
Donato, bispo de Cartago (-335 d.C.), foi um ortodoxo extremista. Seu zelo pela doutrina foi tal que o fez separar-se da Igreja para formar a sua própria com um pensamento mais 'puro'.
Surgimento
Até os primeiros anos do séc. IV havia intensa perseguição aos cristãos e à sã doutrina. Muitos, não negando a Jesus ou a sua fé, morreram tornando-se grandes exemplos de fé e firmeza para a Igreja. Alguns, no entanto, no momento da agonia negava sua fé. Arrependidos, depois, buscavam as antigas comunidades com pedido de perdão, e, em sua maioria, eram reintegrados à comunhão com os irmãos.
Por volta de 312 d.C., Donato levantou uma questão sobre a eleição de bispos. Na ordenação de um certo Cecílio para bispo de Cartago, um dos que o consagrava havia cedido durante a perseguição (cedera livros sagrados para serem queimados, com medo da morte), e, readmitido à Igreja, tivera sua posição restaurada. Isso muito desagradou a Donato.
Seu Ensino
Donato ensinava (a exemplo de Cipriano) que apenas os que não tinham pecados poderiam ministrar na Igreja, pois a validade das cerimônias dependia daquele que as celebrava. Se alguém era pecador, ou tinha sido ordenado por um deles, qualquer ministração (Ceia, batismo, casamento, etc.) seria inválida. Seguindo esse raciocínio, e, não sendo aceito pela comunidade da época, Donato formou uma nova comunidade. Nela não havia a interferência do Estado, eles mesmos faziam seus próprios concílios, e ordenavam seus bispos.
Hoje, temos um pouco do pensamento de Donato. Com que olhos percebemos aqueles que tendo muita comunhão com o Corpo de Cristo, tendo caído, retornou ao Corpo? Desconfiamos. É claro que não devemos deixar de lado a precaução, entretanto, não deve haver o exagero a fim de manter o arrependido no Corpo da Igreja.
Repercussão
Seus ensinos foram refutados especialmente por Agostinho, e também no Sínodo de Roma (313 d.C.) e de Arles (314 d.C.). Os donatistas sobreviveram, apesar de toda perseguição, até o séc. VII.

HERESIAS - DOCETISMO

SUGIMENTO:
Essa doutrina não tem um fundador específico ou uma época precisa para o seu surgimento. Surgiu muito cedo no meio religioso. Adotada como um 'estilo de vida' religioso acabou por ser incorporado por várias outras doutrinas, em que tomou forma de expressão.
Seu Ensino
Esta doutrina, dentro do cristianismo, ensina que o Filho de Deus não se tornou humano, sua humanidade era aparente: o divino, essencialmente puro e santo, não poderia habitar em um corpo carnal, essencialmente mau. Palavra grega significando 'parecer´', afirmava também que Jesus não sofreu na cruz, afirmando que isso também foi aparente. É impressionante o desenrolar dessa doutrina! Algo contra o que Jesus mais advertiu "tomar cuidado com a aparência das coisas" é exatamente o que esse ensinamento prega. As coisas de Deus não aparentam ser, ou elas são, ou elas não são. E, Jesus era! Não aparentemente, mas em verdade: o Verbo se fez carne e habitou entre nós, diz João.
Também nós devemos ter extremo cuidado com o "parecer", parecer ser cristão, parecer estar bem, parecer amar, parecer adorar, parecer ser bom... Esta é a forma docética da religião dos dias de hoje. "A aparência do mal é pior do que o próprio mal", diz Paulo. Isso se aplica a todas as áreas da nossa vida. Devemos ser "sim" ou "não". Devemos ser autênticos e viver um cristianismo autêntico, em sua essência.
Repercussão
Este ensino é incorporado pelo gnosticismo, e foi fortemente combatido por João, em sua primeira carta.

HERESIAS - ARIANISMO .

Fundador
Ário, sacerdote de Alexandria (250-336 d.C.) negava a completa deidade e pré-existência do Filho de Deus, Jesus.
Seu Ensino
Ário afirmava que Jesus era semelhante à Deus, não necessariamente da mesma substância do Pai. Nessa perspectiva, Jesus era mais uma criação de Deus, ainda que especial, pois por ser submisso a Deus, foi eleito, adotado por Deus Pai para ser o agente da Criação. Ário acrescentava ainda que 'houve um tempo em que Jesus não existia', assim sendo, conclamava que Jesus não era co-eterno com Deus. O todo desta heresia se desenvolveu muito e chegou a se dividir em três ramificações: o arianismo radical, que ensinava que o Filho era 'dissimilar' ao Pai; o homoeanismo, que assegurava que o Filho era similar ao Pai, e o semi-arianismo, que se aproximava da ortodoxia dizendo que o Filho era similar ao Pai, contudo, distinto.
Repercussão
Um Concílio em Nicéia (325 d.C) foi convocado para analisar esse tema, e Ário foi tido como um herege. Os seus ensinos foram muito bem acolhidos por muitos da Igreja da época, inclusive por personagens de destaque, Eusébio de Cesaréia foi um deles. Enquanto o imperador Constantino viveu, essa heresia esteve em evidente declínio, porém, após sua morte (337 d.C.), a heresia retomou o fôlego por ter o apoio dos imperadores Constâncio II e Flávio Valente. Após o assassinato de Valente (378 d.C.), o arianismo praticamente morreu, sob Teodósio, que ratificou as decisões do Concílio de 325 num novo Concílio em Nicéia (381 d.C.).

O QUE É ACEITAR JESUS ?

Você já foi convidado para muitas coisas nesta vida, certo? Para alguns desses convites você disse sim e a outros não. Hoje eu estou fazendo um novo e especial convite para você, aceitar a Jesus como seu Senhor e Salvador!
Mas o que é aceitar Jesus?
Aceitar a Jesus é a expressão usada pelos evangélicos para indicar duas coisas:
1º - Aceitá-lo como Salvador
Neste primeiro caso você estará concordando que é pecador, precisa de salvação, que o sacrifício de Jesus na cruz é suficiente para garantir a sua salvação e com isto não necessitará da intervenção ou intercessão de qualquer outro por mais privilegiado que possa parecer.
É um ato de humildade, arrependimento e fé.
2º - Aceitá-lo como Senhor
Neste segundo caso você estará renunciando as coisas deste mundo para servir exclusivamente ao Senhor Jesus. Diz respeito ao plano prático da fé.
Não é uma expressão da boca para fora; também não é apenas ir a uma igreja ou ser chamado de evangélico, envolve uma completa submissão ao nome de Jesus, sua palavra (bíblia sagrada) e a sua vontade.
Ao aceitá-lo como Senhor estamos nos colocando na posição de servo para obedecer a sua palavra e renunciar nossas antigas crenças, costumes, hábitos e comportamentos que nos afastavam do Senhor Jesus.
A bíblia usa o terno nascer de novo, para indicar que há necessidade de morrermos para o mundo e nascer em nova vida para Jesus.
O ato de aceitar Jesus como seu Senhor e Salvador lhe garantirá de imediato a salvação de sua alma e é o único caminho que temos para nos livrar da condenação do inferno e chegarmos ao céu.
O convite está feito, porém, a decisão é exclusivamente sua. Ninguém poderá forçá-lo a aceitar Jesus, até porque é algo que tem de que permanecer até a sua morte ou até a volta de Jesus.